A justiça e o Conselho Federal de Odontologia ratificam a competência dos profissionais na área de estética facial
Nos últimos anos houve um intenso cabo de guerra entre médicos e dentistas sobre a legalidade dos procedimentos orofaciais realizados pelos odontologistas. A classe médica entendia que se tratava de um Ato Médico, o que impediria os cirurgiões-dentistas de praticarem o exercício. No entanto, com base na própria lei que relata e descreve o Ato Médico (Lei nº 12.842/13) e nas resoluções emitidas pelo Conselho Federal de Odontologia (176/2016 e 198/2019), a justiça entendeu que a área da estética facial também pertencia a atuação do dentista.
A decisão apenas corroborou com a tendência mercadológica, já que a busca por profissionais dentistas para a realização de procedimentos estéticos faciais cresceu exponencialmente. “As técnicas orofaciais, sem dúvida, são as mais buscadas no consultório. Desde o procedimento de Bichectomia, Lipo Papada, Preenchimento Labial até aplicação de Toxina Botulínica para diminuição das rugas. Hoje, tudo que está relacionado a região do pescoço e cabeça, em questão de estética, desenvolvemos”, disse o Cirurgião-dentista e Harmonizador Orofacial, Dr. Kalil Marão.
Ainda de acordo com Marão, harmonizador com mais de 10.000 procedimentos realizados, o dentista é o profissional mais indicado. “Passamos os 5 anos da graduação estudando pescoço e cabeça, desde a anatomia até questões funcionais, portanto, temos um conhecimento muito específico dessa região, o que nos credencia a ser a classe mais buscada quando o assunto é harmonização orofacial”. O profissional ainda chamou a atenção para a questão dentária, já que os resultados estéticos dependem dessa matéria. “Os dentes são protagonistas na formatação do rosto. A oclusão, a forma como eles estão distribuídos e, até mesmo, a falta deles são fatores indispensáveis na hora de fazer o planejamento pré-procedimento”.
No entanto, Kalil, ressaltou que o importante é buscar referências sobre o indivíduo que irá realizar o procedimento, independentemente da sua área de atuação. “Não importa se é médico, dentista, enfermeiro, fisioterapeuta ou biomédico, mas sim o quanto essa pessoa se preparou para a situação. Por isso, antes de deitar numa cadeira, busque informações sobre o profissional e, de preferência, converse com quem ele já atendeu. Dessa forma, a chance de errar é reduzida”.